


Parte I
Como consequência da Pandemia, houve uma grande onda de medo, angústias e inseguranças, medo inclusive de morrer ou de adoecer. Muitas famílias enlutadas com a perda de entes queridos, sem contar o efeito devastador na economia. Situações alarmantes que nos obrigaram a sair da zona de conforto, e que nos levou a inovar e pensar novas maneiras de sobreviver.
Um assunto que mais tem causado questionamentos são as escolas e o novo modelo de ensino aprendizagem.
Por conta da Pandemia, a partir de Março/ 2020 as aulas nas escolas públicas e privadas foram suspensas, e, os alunos, professores e pais foram obrigados a se adaptar: os alunos enclausurados em suas casas aprendendo todo o conteúdo escolar de maneira solitária.
Os professores tiveram que se reinventar e montar aulas On-line, resolver demandas das crianças, adolescentes, mas principalmente dos pais, que tiveram que ser, professores, além de profissionais.
Eles foram obrigados a usar suas próprias casas como substitutos das salas de aula. Aspectos positivos desta história: houve uma revolução tecnológica. Em pouco tempo, todos nós tivemos que de alguma maneira, entrar em contato com o mundo da tecnologia.
As famílias tiveram que literalmente se unir, de maneira geral, os pais tiveram que “mergulhar” no mundo dos filhos e muitas vezes se conscientizar de problemas, que os seus filhos já tinham, mas que por conta da correria do dia a dia não percebiam.
O fato das aulas serem feitas de forma remota, trouxe diversas questões: burocráticas, estruturais e emocionais à todos os personagens envolvidos:
Como controlar a presença e fazer a avaliação dos alunos?
Em caso de negligência dos pais, onde reclamar?
Será que todos têm acesso a Internet?
Há algum prejuízo, do ponto de vista da aprendizagem, quando não se tem acesso à Internet?
Será que com este método as crianças e os adolescentes estão efetivamente aprendendo? Será que este isolamento das crianças terá consequências?
Qual a importância da socialização na vida da criança e dos adolescentes?
Esse “excesso” de convivência com os pais, deixará consequências?
As crianças que já tinham problemas de aprendizagem e que não tem o apoio dos pais, será que conseguirão resolver seus problemas de defasagem na aprendizagem?
Nós como Psicólogas percebemos o aumento da demanda de atendimento clínico para crianças, adolescentes e adultos, por diversas questões, mas principalmente por problemas de ansiedade e angústia.
Outro aspecto importante, salientado por pesquisadores é que o afastamento dos alunos do ensino médio público do ambiente escolar durante a pandemia de Coronavírus (COVID-19) pode a levar a um aumento do abandono e da evasão entre estes adolescentes. Algo relativamente comum no país, por uma série de fatores como trabalho, pobreza, gravidez precoce, violência, problemas emocionais, clima escolar.
Outra dificuldade perceptível, foi a pouca habilidade dos pais para o manuseio das plataformas digitais, muitos deles reclamaram, por não estarem conseguindo utilizá-las, com isso não conseguiam dar suporte aos seus filhos. Outro aspecto observado foi a questão da desigualdade social, muitos não tem computador em casa ou não tem acesso a serviços de internet banda larga, sendo assim, agravantes para continuidade do ano letivo.
São muitos os desdobramentos que a pandemia desencadeou no processo ensino aprendizagem, partiu-se de um modelo padrão de ensino, para uma reinvenção sem aviso prévio, foi pensado tudo de última hora e a curto prazo, porém, já estamos nesta situação há quase um ano e não temos garantias de que de fato os alunos estão aprendendo, não podemos afirmar que as aulas em casa estão sendo efetivas, corre-se o risco de ser um ano letivo perdido.
O que ocorrerá no pós pandemia? Como esses alunos serão reinseridos nas escolas? Como será a readaptação?
Muitos questionamentos, alguns deles, só serão respondidos posteriormente, entretanto, ao longo dos meses, tentaremos trazer um pouco de nossas reflexões e pesquisas sobre aprendizagem, educação e Pandemia.
Até a próxima.
Myrna Souza
Psicóloga Clínica
CRP 06/111365
Atendimento Clínico:
Adolescentes, adultos e idosos
Contato: (11) 95993.8506
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